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Respeite a sua história, mas não seja refém dela.




Desde que comecei a estudar comunicação, a palavra "repertório" tornou-se uma das minhas favoritas. Decidi escrever este texto após ler um e-mail, no qual a autora discute pautas sobre o sentimento da angústia e a conexão entre nosso repertório de vida com esse sentimento. Até então, eu não havia correlacionado essas duas palavras em um mesmo contexto. No entanto, a maneira como o texto foi conduzido me fez refletir e perceber a necessidade de gerar uma discussão interna, compreender o porquê desse "espanto" e escrever sobre esse tema. E cheguei a uma conclusão:


Acredito que não somos prisioneiros absolutos de nossa própria história.

Respeitar a nossa história é fundamental, afinal, ela molda quem somos e como vemos o mundo. No entanto, como mencionou Pitty em sua canção, "eu possuo muitas coisas

E nada disso me possui", em nossa bagagem pessoal não significa que essas experiências nos dominam. Devemos lembrar que somos os curadores de nosso próprio repertório, e temos a capacidade de acrescentar novas narrativas a ele.


Desde a infância, somos influenciados pelas crenças e valores de nossos pais, que formam a base do nosso repertório. À medida que crescemos, começamos a construir nossa própria identidade, incorporando novas perspectivas e vivências. No entanto, é importante reconhecer que mesmo esse "novo" repertório é influenciado pelas impressões deixadas por nossos pais. Essa herança repertorial* molda nossa personalidade e influencia nossas escolhas, muitas vezes de forma inconsciente.

*palavra inventada





É de extrema importância compreender que não somos prisioneiros absolutos desse legado. Ter a capacidade de questionar e desafiar as crenças e valores que herdamos é um passo essencial para o autodescobrimento e o crescimento pessoal. O que era certo para nossos pais nem sempre é o que é certo para nós, e tudo bem seguir um caminho diferente.



O importante é que nosso repertório seja

uma escolha consciente, baseada em nossas próprias experiências e valores.




Mudanças e evolução são partes naturais da vida. Às vezes, deixamos pontas soltas em nosso passado, o que pode gerar angústia na vida adulta. Pode ser um relacionamento que se rompeu, palavras não ditas ou oportunidades perdidas. No entanto, reconhecer essas lacunas e trabalhar nelas é uma oportunidade de crescimento e cura.


O processo de construção e reconstrução do nosso repertório é contínuo e dinâmico, e não há problema em adaptá-lo de acordo com nossas necessidades e aspirações atuais.


Criar um repertório próprio, baseado em nossas próprias crenças e valores, é uma expressão de autenticidade e autodescoberta. Não é crime desafiar as expectativas que nos foram impostas e buscar um caminho que ressoe conosco. Afinal, é assim que crescemos, evoluímos e encontramos a verdadeira essência de quem somos.


Até o próximo texto.



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